terça-feira, 3 de maio de 2011

Palavras

Apesar de armas cada vez mais precisas, potentes e letais, a palavra ainda é a mais poderosa ferramenta existente. Através dela se criam heróis, vilões, santos e pecadores. Rápidos exemplos disso temos em Gandhi, Hitler, Jesus, Buda...
É por isso que devemos ponderar o que falamos, ou, comumente é mais letal, o que NÃO falamos.
Vivemos em um mundo cheio de interesse e ganância, onde nos esquecemos, ou apenas não queremos lembrar, de considerar o que há de bom nas pessoas; não me refiro a esquecer os defeitos alheios, pelo contrário, enxergue-os melhor e perceba que estes tornam as pessoas peculiares, únicas.
Aceitar os outros é difícil, por ser tão simples, e também porque é necessário antes conhecer e aceitar a si mesmo. 
Enxergue o mundo à sua maneira, não mecanicamente, premoldadamente. Uma boa, e excelente, maneira de fazer isso é ouvindo as pessoas.
Mais uma vez, palavras. 
Ouça, mas ouça e aprenda, o que as pessoas têm a dizer, especialmente os mais velhos. Você têm ideia do que era viver na Ditadura? Eu não; minha mãe tem. E bem antes dela, no sertão, no começo do Século? Meu avô lidava, quando mais novo, com homens que matavam só por você lhe dirigir a palavra pela segunda vez, se na primeira ele não te respondesse.
Logicamente as palavras não vogam só pra isso, há uma infinidade de utilidades para elas.


Eu te amo. Certamente a frase mais poderosa do mundo. Quem não sonha ouvi-la de alguém? Entretanto, estamos cada vez mais comedidos, mais acanhados quando o assunto é falar o bem das/às pessoas; é mais fácil ver alguem xingando do que elogiando, e porquê? Eu consigo pensar em mais de uma explicação (todas irracionais, obviamente).
Uma delas eu chamaria de insegurança, um pensamento insólito de que ao elogiar alguém estaria-se passando por bobos, infantis.
Aliás, acho injusto com as crianças 'infantil' ser xingamento. Ser como uma criança é algo celebrável. Quando criança, vemos o mundo de maneira colorida, como os balões de UP (não viu ainda?), mas com o passar dos anos parece que contraímos daltonismo. Amiúde, ficamos cegos...
Não vale a pena viver sem ver as coisas boas, num mundo cinza. E algo que ajuda o mundo a colorir bastante é... adivinha? Sim, palavras.


Veja, por exemplo, a descrição abaixo:
“Ao cruzar a porta você chega à uma sala. Ela é ampla e mal iluminada, uns 10x10 metros, você não consegue enxergar suas extremidades com clareza e pode notar alguns vultos de alguns entulhos encostados no que você julga ser as paredes, em seu interior um cheiro forte de mofo impregna todo o ambiente causando um mal estar enorme, mais ainda é suportável, ao fim dela, você pode ver um fio de luz pequeno no chão, vindo de um canto que você não pode enxergar perfeitamente, mas sabe que aquela fresta e aquela luz são de uma porta, do outro lado, vozes baixas e uma música suave pode ser notada. Exatamente no meio da sala existe uma chave jogada,uma chave pequena parecendo mais uma chave de armário, atrás dela tem as iniciais AW e não tem chaveiro ou argola, apenas a chave crua, prata...”
Dá pra sentir o lugar, não é mesmo? Esse é uma demonstração do poder das palavras, elas dão acesso e vazão ao pensamento, que é o local mais extraordinário que existe.
Enfim, palavras podem salvar ou condenar. Cabe a quem as profere (antes de fazê-lo, lógico - palavra, flecha e oportunidade não retornam, lembram?) escolhê-las bem. Se não tem o que falar, só ouça. Falar é prata, calar é ouro. Se for falar algo, lembre das 3 peneiras de Sócrates: Só fale se for VERDADE, se for BOM e se tiver UTILIDADE.
Cuidado com o que fala, mas não se intimide em falar.


Ciaossu ;)

Um comentário:

  1. Gostei muito do seu primeiro post... louca pora ver os proximos..!!!!


    parabéns...
    Bjoo

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